quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Chi Fu rende uma receita

Essa semana fui almoçar com meu tio num restaurante chinês no bairro da Liberdade. Na verdade, o convite surgiu de repente. Eu havia tido que fazer meu pré-cadastro no Detran, para começar as aulas de formação de condutor, e na volta, um problema com a linha verde do metrô me fez resolver dar uma voltinha pela avenida Paulista. Como não havia tomado café, corri pro primeiro Starbucks aberto e degluti um copão de americano, com chocolate e açúcar de baunilha.

Nesse momento de espera, abro meu celular e resolvo acordar o mundo. Ainda eram 9h e ninguém estava online no meu twitter. Jogo alguns convites no ar, e logo meu tio que estava dando aula me responde. "Consegue esperar até o almoço?". Eu, de férias como estou, aceitei prontamente. Enrolei até chegar as 11h, horário marcado para eu chegar na estação Liberdade do metrô, agora bem mais vazia. Me atrasei pontualmente 15 min, mas ele não aparentava estar zangado. Acho que entendeu a morosidade dos subterrâneos.

Fomos ao restaurante Chi Fu, ele me havia confessado nunca ter ido para lá, mas que sempre teve vontade, e fora impedido por horas de espera por uma mesa. Dessa vez estava vazio. 11 e pouquinho da manhã, e fomos os primeiros clientes. Pedimos uma mesa para dois, mas só haviam mesas para dez, e esse não foi um erro de comunicação com as garçonetes realmente chinesas. O restaurante, segundo meu tio, era muito parecido com os chineses que ele visitou (não os populares, mas os mais ajeitados) em sua viagem/reportagem "No Meio do Império do Meio" para a revista Imprensa há pouco mais de um ano.

Primeiro um chá. Não me atrevo a dizer de que, até porque minha primeira experiência com chás orientais foi com esse mesmo tio, há uns dez anos ou mais em seu templo budista. Ao final da cerimônia, uma gentil moça japonesa (não era senhora, acho que era até mais nova que minha mãe) me ofereceu o "chá". Eu gostava de chá. Mate Leão, na verdade, com açúcar. Eu dei um gole e bem como qualquer criança fechei a cara com o amargo. Acho que o calor não me atrapalhou, foi mesmo o sabor amargo, e todos riram, inclusive essa moça. Meu tio relembrou esse incidente. Agora bem mais crescido e com meu paladar preparado, tomei sem problemas esse chá. Mas isso não melhorou seu gosto de água morna. Havia mais água que infusão.

Mas vamos aos pedidos. Meu tio, exímio conhecedor dagastronomia oriental que foi o "tradutor" daquele menu. Pepino do mar, língua de pato, barbatana de tubarão... Ele disse que era bom, mas não arriscamos. Pedimos uma porção "pequena" de camarões gigantes no vapor,
uns bolinhos fritos de carne que não achei o nome chinês, mas parecem gyoza, e um macarrão feito de "massa branca" com carne de porco. Porções generosíssimas de comida para apenas dois. Comi até me empanturrar. Sobrou comida e eu trouxe para casa.

O macarrão e os bolinhos comi no dia mesmo, na janta, mas os camarões, eu guardei e os fiz hoje, numa preparação simples, conhecida, e saborosa. E essa é a receita de hoje. Sem muitas medidas, nem quantidades, pois é assim que cozinho.

Camarão à milanesa

Uma porção de camarões cozidos ao vapor descascados e sem cabeça (no original eles estão crus). É legal manter o rabo, dá um charme;
Amido de milho;
Farinha de rosca;
Ovo;
Sal.

Após limpar todos os camarões já cozidos, eu os preparei à minha milanesa. Primeiro no amido, depois no ovo com sal e por último na farinha de rosca. Os pus para fritar até dourarem um pouco, não precisei me preocupar com o tempo de fritura, pois eles já estavam cozidos. Se estiverem crus, fique atento à coloração da parte de c
arne que fica sem farinha, próxima à cauda, ela ficará rósea.

Molho tártaro

Esse molho tem outra história interessante. No final de semana fui com minha família à um restaurante perto de casa, e de entrada minha mãe pediu um tipo de peixe que era servido à milanesa com molho tártaro (alguma semelhança com a minha receita?). Apesar de já tê-lo feito de várias maneiras, minha mãe se apaixonou por aquele tão simples. Pediu reposição do molho umas três vezes, esse que ela comeu com arroz. Tentei fazer uma versão adaptada daquele molho, para acompanhar os camarões.

Duas colheres de vó de maionese;
Meia cenoura ralada e picada;
Uma colher de molho de mostarda.
Mistura tudo. Sério, é simples assim.



















Eu, inspirado pelos grandiosos coquetéis de camarão, fiz uma montagem parecida no pote de molho, melhorando a disposição e apresentação desse prato reaproveitado. Posso garantir que eles ficaram ótimos, e esse truque da milanesa pode ser usado na lula, comprada já cortada no supermercado, porque ninguém merece limpar e cortar esse molusco escorregadio. O amido também é substituído (pela minha mãe) por farinha de trigo, quando o assunto é carne vermelha ou de aves, fica ótimo do mesmo jeito, porque ele impede que os sucos da carne saiam durante a fritura.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cupcake psicodélico

Depois de vasculhar novamente nas minhas receitas, e "assessorar" uma twittmãe amiga de minha prima em sua festa de aniversário para o filho Francisco, tudo isso em 140 caracteres, passei minha receita básica de bolo, receita de família que fui obrigado a manter em segredo, mas não aguentei (#minhabocagrande) e saio passando para todo mundo, de tão simples e gostosa que fica!

É o seguinte. Só seguir a receita que já está no blog (tirando o chocolate), e separar em potinhos.
Eu separei somente em três, e coloquei as três cores primárias (corante alimentício, por favor) nas artes. Vermelho, azul e amarelo.Cada uma em um pote respectivamente.

Se quiser e tiver paciência, faça as cores do arco íris. Dentro de cada forminha de papel, eu coloquei uma colherada intercalada de recheio, e saíram essas "belezuuuuuras".

Vamos falar de comida?

Demorou, mas acredito que encontrei a identidade do meu blog. Já foi depósito de escritos sem sentido, tarefas, redações... o que me leva a questionar: "Eu gosto de ler isso?" Não. Deixei o blog inativo, e agora o retiro das trevas desse mundo de logaritmos e com um assunto saborosíssimo. Como Julie Powell, com sua jornada pela culinária francesa de Julia Child, resolvo publicar minhas investidas culinárias. Inspirado também pela brasileira Tatiana do Panelaterapia vou dividir com quem se interessar receitas como já havia publicado no antigo formato do blog. Juliana Freitas do Ai, meus sais! me fez tomar vergonha na cara, eu reabri os olhos pra esse blog empoeirado, ao me citar em um de seus posts, pela tentativa de preparação da minha receita de bolo, publicada em dezembro de 2011 nesse blog . Espero que alguém leia e tire proveito desse blog.

ps.: Assim que eu aprender, melhoro o layout dessa coisa.
pps.: Esperem que em breve vou lançar a receita de um cupcake que eu fiz essa tarde!